Por Vanessa Yazbek
Na região Sul dos Estados Unidos da América, estado da Flórida, dentro de uma cidadezinha chamada Kissimmee, que fica no condado de Osceola, vive William Travor Willis - 22 anos, e muita vida nas costas.
Assim como é costume nos Estados Unidos, ele saiu de casa cedo, aos 19, pra tentar viver a vida longe da proteção dos pais.. seu primeiro verdadeiro emprego, conseguiu 3 dias depois de se formar no Ensino Médio, aos 18 anos. Trabalhava numa empresa de produção, e por sua competência, logo subiu de posto e virou gerente. A empresa fabricava grande parte dos grandiosos cenários utilizados nos parques da Disney, ajudando a construir parte daquela magia e sustentar a fantasia estética que os parques temáticos de lá criam. Porém, a beleza ficava só do lado de fora, pois ele trabalhava mais de 60 horas árduas por semana; nunca reclamou, apesar disso, pois era o que pagava (muito bem) o pão que comia. Ele ganhava o suficiente para ter o precisasse, e ficou lá até os 21 anos, quando os problemas econômicos de seu país bateram à porta e trouxeram uma má notícia.. Por causa da crise de 2008, a empresa em que trabalhava teve que demitir grande parte dos seus funcionários (essa história lhe soa mais próxima do que o normal?), e ele, por ser um dos mais novos que trabalhavam lá, teve que ir embora também.
(Pra entender melhor: http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2008/crisenoseua/ )
Acabou ficando um ano desempregado, apesar de tentar todos os dias conseguir um novo emprego. A situação não era nem um pouco favorável, e a economia parecia estar conspirando para que nada desse certo. Passou por todas as frustrações e desgostos que todo mundo passa, perdeu as esperanças, chorou, cogitou pedir ajuda e dinheiro, mas não o fez. Levantou e não desistiu (parece até coisa de brasileiro).. até que uma oportunidade apareceu. Podia não ser o melhor dos empregos, o salário mais tentador ou a rotina mais animadora, mas era um trabalho, era digno, e era seu. Agarrou (como qualquer um de nós faria), e deu o melhor de si. Voltou a trabalhar, e a trabalhar, e a trabalhar...
Ainda está empregado lá hoje, e faz por merecer. Mas sonha com o dia em que vai ter a oportunidade de voltar a fazer algo que goste e lhe traga melhores frutos. Não queria ter só que trabalhar pra poder se sustentar, sente que a vida é muito mais do que isso, e mostra certo desânimo em relação a sua atual rotina, mas diz que por enquanto é a única coisa que se pode fazer. Além disso, diz não acreditar no 'American Dream', e acha isso tudo uma grande bobeira.
Will pode ser de longe, mas o que carrega dentro de si é tão próximo quanto qualquer vizinho.
Essa história dava samba, mas prefiro colocar o link pra uma música que tenha as mesmas raízes que Will, e que transpareça a sua história e de muitos outros americanos da classe média. Do Sul dos Estados Unidos, com influências do country, blues e rock and roll, Lynyrd Skynyrd - Workin'.
E pros interessados, a letra:
http://vagalume.uol.com.br/lynyrd-skynyrd/workin.html
Vale a pena ;)
http://vagalume.uol.com.br/lynyrd-skynyrd/workin.html
Vale a pena ;)
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